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19/02/2009 - 19h20

Anunciantes demonstram menos interesse pelo Oscar este ano

Por Paul Thomasch

NOVA YORK - Os Oscars perderam um pouco de seu brilho este ano - pelo menos no que diz respeito à publicidade. A rede ABC reduziu o preço dos spots de 30 segundos e apressou-se para substituir dois dos patrocinadores principais da cerimônia de entrega dos prêmios da Academia, no domingo, quando Hollywood renderá homenagem aos melhores atores, diretores, produtores e filmes do ano.

Embora sempre seja um dos maiores eventos da TV do ano, atraindo mais de 30 milhões de espectadores nos Estados Unidos, a transmissão do Oscar este ano está sentindo o efeito na redução acentuada nos gastos feitos com publicidade por empresas automotivas e do varejo.

No ano passado o preço médio de um spot publicitário na festa do Oscar foi de 1,7 milhão de dólares, mas este ano caiu para entre 1,4 e 1,7 milhão, segundo fontes da mídia.

Além disso, a General Motors e a L'Oréal, dois dos maiores anunciantes no passado, decidiram não transmitir spots durante a entrega dos Oscar. A GM, sozinha, gastara 105 milhões de dólares em anúncios no Oscar nos últimos dez anos, segundo a TNS Media Intelligence.

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A Hyundai Motor, que este ano também comprou spots no Super Bowl, vai anunciar na festa do Oscar. Outras empresas que compraram spots para o evento incluem J.C. Penney, PepsiCo, Frito-Lay e Coca-Cola.

Mas a ABC, pertencente à Disney, também decidiu que deveria ampliar sua busca por anunciantes, e, rompendo com a tradição, pela primeira vez deixou estúdios de cinema comprarem comerciais.

A transmissão do Oscar não é a única a sentir a restrição nos gastos com publicidade. Especialistas dizem que os gastos gerais com publicidade nos EUA vão cair cerca de 5 por cento este ano.

Mas Brad Adgate, vice-presidente sênior de pesquisas na Horizon Media, disse que o Oscar enfrenta outros obstáculos também.

Um dos problemas, diz ele, é que a transmissão da cerimônia não atrai os espectadores mais jovens. Outro é que ver as estrelas no tapete vermelho já não é tão emocionante quanto no passado, graças à profusão de revistas, sites e programas de TV que as mostram regularmente.

E mais uma preocupação se soma ao tamanho do público: o fato de que nenhum dos candidatos a melhor filme este ano - "Quem Quer Ser Um Milionário?", "O Curioso Caso de Benjamin Button", "Milk - A Voz da Igualdade", "Frost/Nixon" e "O Leitor" - foi grande sucesso de bilheteria, fato que pode diminuir a audiência da cerimônia.

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