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Ficha completa do filme

Drama

A Casa do Fim do Mundo (2004)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 2
A Casa do Fim do Mundo

Com certo atraso e depois de ter passado na TV por assinatura sai finalmente este modesto drama. Embora Colin Farrell, não tenho dado certo até hoje, continua fazendo filme após filme, demonstrando a carência de astros atualmente. Este é um filme pequeno de um diretor estreante que aproveitou um livro menos conhecido de Michael Cunningham, famoso autor de "As Horas", adaptado pelo próprio autor. Foi promovido porque Colin teria uma cena de nudez frontal que ele pediu para cortar (provocando especulações). O fato é que Colin não é bonito, não é bom ator e de notável tem apenas uma sobrancelha.

A história é daquelas situações humanas mas inusitadas, sobre Bobby, um menino criado nos anos 60-70, com um irmão mais velho que lhe dá LSD e logo depois morre ao bater numa porta de vidro. Depois, com o melhor amigo de escola (são dois atores além de Colin, fazendo o papel), experimenta alguns lances homossexuais e chega ao cúmulo de passar maconha para a mãe do amigo (é desse tipo de filme que no fundo propaga e divulga o uso de maconha), feita por Sissy Spacek (aliás, numa presença terna e luminosa). Quando cresce, Colin vira padeiro, continua cabeludo (aliás, no filme todo ele tem aquilo que americano chama de Bad Hair Day).

O amigo Jonathan (Dallas Roberts) virou gay de vez, mas Colin parece apenas lesado, emocionalmente lento. Só vai fazer sexo a primeira vez com a amiga desse seu quase irmão adotivo, uma hippie criadora de chapéus (outra grande performance de Robin Wright Penn, que continua padecendo do problema de não registrar na câmera, a gente a confunde com outras). Enquanto isso, Jonathan cai na vida.

Eventualmente os três irmãos se mudam para o interior, onde abrirão um pequeno restaurante e reformarão uma casa (porque a garota Clare está grávida de Bobby). O que nenhum anúncio diz ou crítica conta (talvez com medo de prejudicar a bilheteria), é que Jonathan está com Aids e resta ao amigo lhe fazer companhia. Ou seja, é uma história bonita, bem interpretada (pelas mulheres), em que Colin se esforça para adquirir alguma vida, dar olhares ternos e beijar rapidamente o parceiro na boca (mas como a história toma outro rumo, fica apenas nisso). Não é um novo "As Horas".

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