A Condessa Branca (2005)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 2

Última produção da dupla Merchant-Ivory (porque Ismail Merchant morreu em maio de 2005) e que foi escrita especialmente para o cinema pelo japonês/britânico Kazuo Ishiguro (o mesmo de "Vestígios do Dia", feito com a dupla). Uma história inacreditavelmente antiquada, que bem poderia ter sido feita por Greta Garbo ou Marlene Dietrich, que se especializavam neste tipo de melodrama exótico, em que o amor redime tudo.

Infelizmente não temos mais Garbos e então temos que suportar a medíocre Natasha Richardson, uma atriz apenas regular, sem carisma ou maiores atrações. Também Ralph Fiennes é um ator com freqüência passivo, ainda mais quando o tentam deixar galã romântico. O mais interessante é que Natasha é cercada por sua mãe Vanessa e sua tia Lynn fazendo seus parentes ingratos. Rodado realmente em Shangai, num estúdio e cidade cenográfica já vista em outros filmes, é uma fita elegante, com classe mas fria e indicada apenas ao público feminino.

Não passou nos cinemas brasileiros. O título se refere não à heroína mas a um bar com que o herói sonha, um night club para se ouvir e dançar jazz, mas condenado pela proximidade da Guerra.