Josiane foi indicada ao Cesar de Melhor Atriz por sua interpretação neste drama policial sombrio, onde a heroína está sempre à beira do suicídio, angustiada.
O curioso que vai nos escapar é que ela é famosa na França como comediante (e também diretora), ou seja, faz filmes mais leves e personagens bem diferentes. Este foi um risco e uma ousadia para ela (e chega a convencer, embora tenha adotado um visual que faz lembrar Jodie Foster em "O Silêncio dos Inocentes").
Quase um estudo psicológico, tem um clima de pesadelo (nunca se tem claro se outras mortes acontecem na cabeça dela ou na realidade), algumas cenas de tortura desagradáveis (urina, saco de celofane) e sua narrativa é lenta demais para atingir um grande público. Além de tudo, o final é anticonvencional.