Aventura

A Lenda do Zorro (2005)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 3

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A continuação "A Lenda do Zorro" foi um fracasso absoluto nos EUA, mas, como é uma produção de Steven Spielberg e é dirigido pelo mesmo Martin Campbell do original, até que funciona.

O filme é muito bem produzido, tem um roteiro bem humorado e momentos de muita ação. Mas não tem mais Anthony Hopkins (que sumia no primeiro), além de o filho do Zorro não ser muito aproveitado na história, que, em vez de se fixar nele, se perde e ganha ares mais de história em quadrinhos moderna do que de um capa-espada.

Dez anos depois de "A Máscara de Zorro", Antonio Banderas continua a ser Don Alejandro de La Vega, que de vez em quando se veste de Zorro para proteger os oprimidos.

Certamente influenciado pelo 11 de Setembro, o filme ganha contornos patrióticos. A ação se passa em 1850, quando a Califórnia vai decidir está votando para entrar na União dos Estados Unidos (seria o 31º Estado), numa época difícil, às vésperas da Guerra de Secessão. Mas há bandidos que estão interessados em fraudar as eleições _a seqüência inicial do filme mostra Zorro lutando para recuperar uma urna roubada.

Don Alejandro está num momento complicado com sua mulher Elena (Catherine Zeta-Jones), ainda que os motivos do desententidmentos não sejam muito claros. Além disso, o filho deles, que não conhece a identidade secreta do pai, é um rebelde que admira muito Zorro.

Para a história ir adiante, é preciso que Elena seja convencida por dois sujeitos a ficar longe do marido e se envolver com um nobre francês (Rufus Sewell, difícil de reconhecer), que ostensivamente veio trazer vinhas para a região.

Enfim, o filme não se define muito entre a luta de espadachim ou a aventura a la Indiana Jones, com fábricas secretas, trens, explosivos e perseguições.

Embora movimentado e bastante divertido, o filme carece de personalidade e não deixa especialmente brilhar seu talentoso casal (que seria capaz de momentos dramaticamente mais ousados).