Esperava-se mais do primeiro filme como realizador de Zach Helm, bem sucedido como roteirista ("Mais Estranho que a Ficção") e dramaturgo - a brasileira Cristina Reali interpretou em Paris seu texto "Good Canary", dirigida por John Malkovich.
Este é apenas um filme infantil, inventado por ele mesmo mas sem maiores méritos ou conseqüências. É possível que as crianças achem mais graça na historia.
Dustin não acertou no protagonista. Natalie Portman vive a gerente da loja, e há ainda uma funcionária, uma pianista com bloqueio criativo. No enredo aparece também um contador (Jason Bateman), que veio arranjar os livros do lugar, aparentemente só para a história ter algum interesse romântico. E para completar, há também um menino desajustado que só se sente bem na loja.
Mas tudo é inconseqüente, superficial e mal solucionado. Principalmente na parte final quando o diretor se precipita e cai no convencional. Faltam conflitos, surpresas e principalmente mágica. Produzido pela Walden Media, especialista em obras juvenis como Narnia, não impressiona com a figura de Hoffman, que usa velhos recursos e um tique ao falar dentre dentes.
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