A Mulher Desejada (1947)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 1

Apesar da cópia ter boa imagem, ela foi copiada em velocidade alterada (tem menos de uma hora de projeção) e deixa todo mundo com voz alterada de Pato Donald. Originalmente da RKO, este último filme do francês Renoir (1894-1979) nos EUA, é baseado em romance conhecido que teve que ser todo modificado por causa da censura. De tal forma, que ficou quase sem sentido, banal.

Também o elenco não está na sua melhor forma, com Bennett (imitando Hedy Lamarr) inexpressiva como costume (ela funcionava melhor sob as ordens de Fritz Lang nesse tipo de papel), mesmo Ryan está estranho.

O fato é que todas as sugestões foram reduzidas: que Bennett seria ninfomaníaca, que ela cegou o marido propositalmente, que este é sádico (mas também burro, já que continua achando que Ryan é seu amigo mesmo depois de tê-lo empurrado de um recife e tentado afogá-lo durante uma tempestade).

Também não se aproveita a idéia de que ele não fosse cego e estivesse apenas fingindo. Para piorar tem um final aberto e ambíguo.