A Patrulha da Esperança (1966)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 2

Inspirado em livro de Jean Lartéguy, é basicamente uma aventura de guerra, com alguma mensagem social. Não pode nem ser comparado com o clássico "A Batalha de Argel", de Pontecorvo, que narra também fatos semelhantes (principalmente os da segunda parte). Muito romanceado, se fixa basicamente na figura do veterano oficial Quinn, Pierre Raspeguy, e seu auxiliar bonitinho, Capitão Esclavier.

Há entremeios românticos (Quinn coma antiga estrela francesa Michèle, ainda bela e Delon, com La Cardinale, no papel de uma militante argelina que serve como espiã), mas o problema basicamente é que eles são anti-heróis participando de guerras nada populares, ou seja estão a serviço do colonialismo, primeiro no futuro Vietnã e depois numa guerra suja de guerrilhas (a figura mais marcante é do jovem George Segal, que faz o argelino que depois de lutar para os franceses muda de lado e se torna rebelde).

Outro problema é a falta de veracidade do elenco (que mistura sotaques e origens, sem critério) e mesmo das locações (basicamente Espanha e Marrocos). E a direção absolutamente impessoal do americano Robson, fora de seu elemento numa fita de ação que pretende ter uma mensagem. Mas não funciona nem de um jeito nem do outro.