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Ficha completa do filme

Musical

A Princesa do Eldorado (1938)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 1
A Princesa do Eldorado

O pouco talento dramático do barítono Nelson Eddy (1901-67) sempre foi um empecilho para um melhor resultado de seus filmes em parceria com Jeanette MacDonald (1903-65). Mas ele se saia melhor (ou menos pior) nos papéis mais leves e contemporâneos.

É difícil, portanto, perdoar a Metro por, quando os dois estavam no auge da popularidade, tê-los colocado nesse fraco western, adaptação de uma peça de David Belasco, em que Eddy tem que fazer um destemido bandido louro que se passa por mexicano, para conquistar moça que ele viu quando criança em uma caravana de pioneiros.

Jeanette não está muito melhor como a heroína, uma dona de bar que canta como um anjo e é disputada por todos os homens da cidade, mas é ignorante e inculta (ela chega a confessar que riu ao ler "Romeu e Julieta", que um mineiro esqueceu no bar).

Ambos formam um triângulo amoroso com Walter Pidgeon e as (poucas) piadas são providenciadas por Buddy Ebsen. Mas o roteiro é fraco, com uma solução final particularmente pobre, os diálogos são banais, nem românticos nem engraçados e sem o humor irônico que sempre caia bem nos filmes da dupla.

Eles também cantam e contracenam pouco (na verdade, não se encontram até passado um terço do filme), e as canções de Sigmund Romberg e Gus Kahn não estão entre as melhores deles. Os highlights musicais são com Jeanette, cantando o "Liebestraum" de Liszt e a "Ave Maria" de Gounod. Mesmo sendo um dos mais fracos da dupla, foi um grande sucesso na época. Piora aqui, nessa cópia fraca tirada de VHS.

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