Um impressionante trabalho de Isabelle Huppert, numa performance corajosa que é provavelmente o melhor momento de sua carreira. Não fica atrás a veterana Girardot, patética e emocionante no papel da mãe neurótica e brutalizada. Também é o melhor trabalho do dramaturgo/ roteirista/ diretor Haneke.
Mereceu os prêmios de Atriz e o Grande Prêmiodo Júri em Cannes. Mas o prêmio de Ator para o jovem Benoit foi um equívoco. Apesar de competente, não faz nada de especial. Toda carga dramática fica nas costas de Isabelle, que dá dignidade a um filme que poderia virar escabroso e irritante. Apesar de sua personagem ser antipática sem apelar para truques, ela torna a professora humana e convincente. Não é um filme para grandes públicos, mas tem inegável força e impacto.