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Ficha completa do filme

Drama

A Última Ceia (2001)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 3
A Última Ceia

Não houve melhor interpretação em 2001 do que a da mulata Halle Berry (que além do Oscar, ganhou o Prêmio do Sindicato dos Atores). Até agora não a tinha levado muito a sério, nem mesmo quando ela ganhou todos os prêmios de Televisão ao interpretar a vida de Dorothy Dandridge. Pensei que fosse uma mulher bonita desperdiçada em fitas de ação (como "A Senha", onde causou furor ao mostrar os seios; o 20° James Bond "007 - Um Novo Dia para Morrer", onde é a heroína ou em "X-Men", onde causa "Tempestades"). Mas tiro o chapéu para ela neste filme difícil e pesado, que seria indigesto não fosse sua incrível humanidade e despojamento.

Ela segura o filme (em meia hora morrem três personagens centrais) que fica suportável principalmente por causa de sua figura sincera, despudorada (no melhor sentido, embora ela realmente tire a roupa). Feito com muito pouco dinheiro, com roteiro de dois atores desconhecidos, um diretor igualmente ignorado, um certo Marc Forster, o filme é uma história triste. Billy Bob Thorton continua com suas indefectíveis perucas. O pai dele é feito por Peter Boyle e o filho (uma participação especial do australiano Heath Ledger) que o fez modificar (uma falha do filme é não deixar essa mudança do personagem muito clara e compreensível).


Não gosto de Thorton, que é um ator frio, construído, que veste o personagem de fora para dentro. Mas está longe de ser incompetente. Halle, que obviamente é uma bela mulher, realmente convence como atriz. A gente fica conquistado e emocionado por ela. A fita é de uma independente Lions Gate e por sinal não tem monstro nenhum, muito menos baile. Um diálogo explica tudo.

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