Agnes de Deus (1985)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 3

O diretor manteve as linhas originais da peça de John Pielmeier, grande sucesso na Broadway, abrindo a ação para personagens secundários e algumas paisagens no Canadá. Mas não perdeu a densidade dramática. O filme já começa no convento e o forte é a presença das atrizes (Anne e Meg foram indicadas ao Oscar, assim como a Trilha Musical de Georges Delerue).

É fácil ser absorvido pela competência profissional da direção e das atrizes. Jane faz a psicóloga tensa e Anne a Madre Superiora. Ela exagera um pouco, mas é uma presença forte e magnífica. Mas que roubam o filme é Meg, que alterna inocência e malícia, pureza e sensualidade. Uma dualidade que sintetiza perfeitamente o filme. Ainda assim, alguns podem reclamar do final. Meg (que é irmã de Jennifer Tilly) largou o cinema para se casar com o executivo do ramo, John Calley.