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Ficha completa do filme

Comédia

As Alegres Comadres (2003)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 2
As Alegres Comadres

Não é fácil transpor Shakespeare para o cinema. Muito menos num filme brasileiro, onde a ação de época acontece no interior de Minas, em Tiradentes. Para piorar, o texto não é das obras primas do autor mas uma comédia menor, ainda que simpática: "As Alegres Comadres" (originalmente de Windsor). O resultado é mediano, nem ruim, nem memorável.

Trabalho de uma diretora estreante em longa, Leila Hipólito, o filme é contestado num aspecto fundamental: a escolha do elenco. Simplesmente ela não acertou, fazendo algumas seleções erradas (fica estranho colocar como heroína uma mulher negra, mesmo na região de Xica da Silva). Ainda assim, tudo seria aceitável se o elenco fosse melhor.

Somente Zezé Polessa como uma das senhoras de Tiradentes é que tem a experiência e o humor de fazer bem o personagem. Se o resto do elenco tivesse sua competência, o filme melhorava muito. Mas outros não têm maiores oportunidades em personagens ingratos (Edwin Luisi, Ernani Moraes, Chico Diaz), ou simplesmente são fracos e não sabem fazer (no caso, Elisa Lucinda é que a mais compromete). Ou não dão certo (Guilherme Karam).

A história não é grande coisa. No século XIX, chega à Minas um vigarista português (Karam) que está disposto a trapacear e causar confusão (no começo, há logo uma situação de mau gosto que não fica bem clara).

Basicamente tenta conquistar duas senhoras casadas com burgueses locais, enquanto a filha de um deles está entre dois pretendentes. Talvez Martins Pena desse mais certo. O filme é fraco, com um ou outro momento mais leve e raras risadas. Se todos tivessem o padrão de Zezé Polessa, com certeza seria outra conversa.

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