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Ficha completa do filme

Comédia

Bananas (1971)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 3
Bananas

Segundo filme de Woody Allen como diretor, ainda inexperiente e inseguro, repetiu a fórmula anárquica e fragmentária da estréia "Um Assaltante Bem Trapalhão" ("Take the Money and Run", 1969). É uma frenética colagem de gags, muitas surreais, misturadas com um arremedo de documentário e alinhavadas por um modesto enredo envolvendo as desditas de Allen em uma república das bananas da América Latina.

Na verdade, a sátira política só começa na metade do filme, com a primeira parte dedicada ao habitual personagem de Allen às voltas com mulheres. Este é um dos poucos roteiros em parceria de Allen, aqui com Mickey Rose, e o próprio Allen credita o resultado ao montador Ralph Rosenblum, que literalmente salvou o filme na montagem, já que ele não entendia nada de linguagem cinematográfica.

Com muito humor físico, pastelão, um pouco de escatologia, muita coisa improvisada. Também cheio de referências a outros filmes ("Encouraçado Potenkim", "O Diabo a Quatro", "Tempos Modernos", "Morangos Silvestres", "O Incidente", "Cassino Royale", "Cupido não tem Bandeira"). Quase experimental e diferente do que Allen faria a seguir. E, mesmo irregular, é inventivo, tem diversos momentos de gênio e piadas brilhantes (o montador continuaria com ele nos filmes seguintes até "Interiores"). Louise Lasser, que faz a namorada militante política, havia sido esposa do diretor, entre 66 e 69.

O filme ficou uns tempos no Brasil proibido pela censura e só passou com um corte na cena da maconha no tribunal! Repare na pontinha de Sylvester Stallone em comecinho de carreira como o delinqüente que ataca Allen no metrô e na de Danny DeVito, um homem sentado na suíte de lua de mel.

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