Apenas o terceiro longa-metragem de Luchino Visconti (1906-76), que o fez por amizade e admiração à grande Anna Magnani. Na época ele já era considerado um grande realizador de Óperas e Teatro, além de ser considerado um dos precursores do movimento neo-realista. Ele contou com a ajuda de velhos amigos, como a amiga Suso Chechi D'Amico (que fez quase todas suas fitas), os futuros diretores Francesco Rosi e Franco Zeffirelli (como assistentes).
Mas não há como esconder que é uma fita menor, apenas um veículo para uma atriz, essa sim magnífica, capaz de passar do Drama para a Comédia, como um verdadeiro monstro sagrado, uma força incontrolável da natureza. Assistir La Magnani passar por todos os problemas no retrato, até hoje atual, da chamada Stage Mother (como em Gypsy, aquelas que desejam realizar seus sonhos através da filha, forçando elas a seguirem carreira artística). Também é curioso por revelar os bastidores da Cinecittá da época (que no final das contas não mudou tanto assim).