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Ficha completa do filme

Comédia, Drama

Boleiros 2: Vencedores e Vencidos (2006)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 2
Boleiros 2: Vencedores e Vencidos

Admirador incondicional do primeiro "Boleiros", fiquei decepcionado com a continuação. É visível a falta de recursos no set acanhado e feio do novo bar (a idéia é curiosa, reformando o velho bar, mas é mal executada e mal aproveitada. Também não parecem à vontade rodando em digital, já que chega a ter problemas de foco). Infelizmente como quase toda continuação, esta também é mais fraca que o original. Ainda mais vinda quatro anos depois, noutra Copa.

Agora temos uma história central e apenas três causos, três histórias que estariam sendo escritas por um jornalista (o bom Cássio). A trama básica é sobre uma jogador famoso que joga no exterior, mas que mesmo assim ainda tem tempo para visitar um antigo bar do qual virou sócio (quem o dirige é o famoso locutor esportivo Silvio Luiz, que até que se sai bem como ator, até porque tem uma ótima figura). Em torno dessa visita tem algumas tramas paralelas: o meio irmão do jogador que está na cadeia e usa uma advogada para extorquir dinheiro em troca de seu silêncio para a imprensa, a mãe de seu filho vem pedir aumento na pensão, as fãs vem tentar a sorte, um ex-promissor jogador (do primeiro filme) e que agora virou ladrão vem lhe dar um presente roubado. Há também a imprensa (alguns poucos jornalistas) e os velhos freqüentadores que reclamam das mudanças, mas continuam fiéis a relembrar histórias.

A melhor é sobre o ajudante do treinador Lima Duarte, que tem falta de sorte e toma as decisões erradas para sua carreira (todos estão ótimos na fita, Duda Lamberti como o infeliz herói e Lima Duarte outra vez dando show. Alem de Denise fazendo uma juíza de futebol). Mas o resto do filme não tem grande impacto. Mal amarrado, tem elenco irregular (em particular os jovens e alguns coadjuvantes) e só funciona quando tem a participação dos grandes coadjuvantes de sempre, Flávio Migliaccio, Adriano Stuart e Otávio Augusto. Teria sido melhor ter centrado a continuação neles, em vez de perder tempo em situações menos interessantes ou menos bem sucedidas.

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