Bom dia Tristeza (1958)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 3

O romance original provocou grande escândalo e foi best-seller na França, quando se descobriu que a autora Françoise Sagan tinha apenas 17 anos quando o escreveu. Dá uma visão cínica, amarga e desiludida da vida e do futuro de sua geração.

O diretor Preminger - idolatrado pelos franceses que se preparavam para lançar a Nouvelle Vague - teve a grande idéia de fazer o começo e o fim em preto e branco. Deixando o colorido para a parte principal da trama, que ocorre no verão na Riviera, em Saint Tropez, quando Cecile acompanha o pai que está sempre mudando de amantes. Até quando parece se apaixonar de verdade por um inglesa, Anne (Deborah).

A fotografia colorida é luminosa e radiante (e a passagem do preto e branco para o colorido muito feliz). Também acertou no elenco, lançando a jovem americana Seberg - ela havia fracassado como Santa Joana (D'Arc), mas Preminger insistiu e deu certo.

Jean estrelaria a seguir "Acossado", de Godard, e se tornaria grande estrela na França e também nos EUA. Sua vida conturbada e infeliz se concluiria com o suicídio em 1979 quando tinha apenas 41 anos. O roteiro muito bom é de Arthur Laurents ("West Side Story") e os letreiros de apresentação de Saul Bass.