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Ficha completa do filme

Policial

Caçado (2002)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 2
Caçado

Massacrado pela crítica americana, fracasso de bilheteria, este filme, dirigido pelo veterano William Friedkin ("Exorcista", "Operação França") se apresenta como uma outra variante do maior sucesso da carreira de Tommy Lee Jones, "O Fugitivo".

O ator já bem maduro, apesar de uma barriguinha proeminente, faz questão de correr muito, fazer várias cenas de perigo sem dublê, num trabalho visivelmente esforçado e físico. Que nem assim consegue salvar o filme.

Na verdade, eu tive boa vontade talvez porque assisti sem expectativa e a gente sempre tem a tendência de proteger os fracassados e mal amados. Os defeitos são porém óbvios: é evidente que a história é derivativa e sem originalidade, mas porém o trailer faz o favor de não contar a história toda, ficando na primeira meia hora apenas. O resto se torna ao menos inédito para o espectador.

O papel mais forte é do premiado com o Oscar Benicio Del Toro, que está em seu pior momento, fazendo caretas e seguindo lições ultrapassadas de Brando e Dean, em vez de fazer um psicopata à moda de Hannibal Lecter, ou seja discreto e assustador. Chega a ser constrangedor ver Benicio em ação.

Parece que foram nas filmagens difíceis que ele quebrou o pulso, o que impediu de fazer a fita com Walter Salles, "Assumption of a Virgin". Enfim, a verdade é que Benicio está sendo perseguido por assassinos pagos do governo, que estão tentando matá-lo e o retiram das mãos até mesmo do FBI (representado aqui pela interessante Connie Nielsen).

Ele acaba escapando (noutra seqüência clichê) iniciando uma outra longa perseguição (Jones é um super rastreador) para região de Portland, Oregon e, como em "O Fugitivo", terá uma seqüência grande numa represa, aqui antiga e ainda mais perigosa (os atores e os dublês devem ter sofrido na água gelada). Sem esquecer perseguições a pé e de Metrô (que lembram para pior "Operação França").

O que quero dizer é que o filme é bastante movimentado e deve resultar em home video, onde se percebe menos a fragilidade dos personagens, a banalidade dos diálogos e conflitos (e também a falta de senso de humor). Foi narrado sem crédito pelo famoso cantor country Johnny Cash (1932-2003).

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