Sam Peckinpah (1926-84), chamado de "o mestre da violência", fez este único filme de guerra. Que não é ruim, mas também não é nada especial. Talvez por já estar em decadência, dominado pelo alcoolismo.
O filme é centrado no conflito entre o sargento Coburn e o capitão Schell, um que é soldado profissional líder natural, e o outro que é símbolo da elite prussiana, aristocrata que sonha em conseguir a condecoração Cruz de Ferro, mesmo que para isso tenha que fazer chantagem com um subalterno, acusando-o de homossexual.
O conflito vai se agravando e tem final simbólico. Os letreiros de abertura são sugestivos, com cenas de arquivos e canções de crianças. Há algumas seqüências comoventes: o avanço do pelotão sobre a fuzilaria dos próprios colegas e a amizade do menino russo com o prisioneiro.
Fotografado em tons escuros (a cópia é apenas razoável, esverdeada), com muita lama, tem uma seqüência forte (a castração feita pelas mulheres russas). Tem defeitos - atores ingleses fazendo alemães, o fato de todos serem pouco nazistas, uma montagem irregular.
Foi o último trabalho interessante do diretor e teve uma continuação, "Ruptura das Linhas Inimigas" ("Breakthrough", 1979), com Richard Burton assumindo o papel do sargento Steiner.