De Volta para o Futuro 3 (1990)

Claudio Prandoni

Da Redação 19/11/2010

Nota: 3

Após uma estreia excelente e uma ousada continuação, a série "De Volta Para o Futuro" fecha a trilogia com um episódio divertido, porém mais simples.

Depois de se aventurarem pelas décadas de 50, 80 e até o ano de 2015, a dupla Marty McFly (Michael J. Fox) e Doc Emmet Brown (Christopher Lloyd) acaba parando no Velho Oeste, no ano de 1885. O problema é que a tecnologia precária da época impede-os de fazer funcionar a máquina do tempo - um carro DeLorean modificado - e assim eles acabam presos entre cowboys e donzelas buscando uma maneira de voltar para 1985, o ano a que pertencem.

Além da mudança radical de cenário - que propicia até uma das piadas mais recorrentes da história, com Marty se apresentando como Clint Eastwood - o filme retoma o humor mais leve e inocente do primeiro longa. Marty tem de lidar com Bufford "Mad Dog" Tannen (Thomas F. Wilson), antepassado truculento do briguento Biff Tanen, e Doc se vê às voltas com um interesse romântico, a bela Clara Clayton (Mary Steenburgen), amante de literatura.

Como de costume, a produção é de ponta, com cenários e figurinos caprichados e efeitos especiais eficientes.

Nesta versão em Blu-ray, a quantidade e qualidade de conteúdo adicional é generosa, mas fica devendo em relação ao primeiro e segundo filme. O tratamento da imagem para o padrão de alta definição é ótimo, ainda mais considerando-se que se trata de um filme do início dos anos 90, ficando acima do mesmo trabalho feito com outros filmes da época.

O conteúdo extra inclui cenas excluídas, vídeos de making of, entrevistas e outros conteúdos comuns deste tipo e, para completar, há também um engenhoso sistema que permite ligar a qualquer momento do filme comentários e outras curiosidades relacionadas à cena em questão, que possibilitam ver as curiosidades de forma mais integrada ao longa.

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 3

Fim da trilogia (este foi rodado simultaneamente com o segundo, um fato inédito na época), é uma fita simpática mas não excepcional. Um pouco menos eficiente do que os anteriores, porque é basicamente um faroeste que pretende ser cômico (a piada recorrente é chamar o herói de Clint Eastwood).

Para os fãs, o filme tem uma cena marcante: Marty caminha pelos trilhos do trem até chegar à cidade, a câmera sobe lentamente enquanto ele começa a entrar na cidade, mostrando-o finalmente bem mais distante. A cena foi cuidadosamente "copiada" de "Era Uma Vez no Oeste", de 1969, como uma homenagem que Robert Zemeckis fez a Sergio Leone.

Fora isso, ganha um interesse romântico (o professor se envolve com uma professora feita por Mary Steenburgen e Elisabeth Shue está de volta no papel da namorada Jennifer Parker).

Spielberg como sempre ainda assina a produção.