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Ficha completa do filme

Suspense

D-Tox (2002)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 2
D-Tox

Este filme passou nos nossos cinemas antes mesmo que nos Estados Unidos e estreou sem ser mostrado antes para a imprensa. Tudo, portanto, levava a crer que se trataria do pior filme da carreira de Sylvester Stallone (que já fez os dois piores de 2001, com "Driven" e "O Implacável/ Get Carter"). Não era para tanto, mas não vá se animando.

Primeiro: a fita não é de ação mas, suspense. E extremamente banal. É apenas outra história de serial killer a solta fazendo vítimas. O título de exportação é apenas uma forma de tentar incrementar seu apelo (o herói realmente vai para um centro de desintoxicação de policiais que absurdamente fica no meio da neve, numa montanha gelada, seguindo o raciocínio do gênero que a melhor maneira de facilitar a vida de um assassino é se esconder no meio do mata, ou equivalente).

Há várias histórias sobre problemas de filmagens e a impressão é de que o filme está incompleto. Há várias tramas paralelas que não são desenvolvidas, atores importantes cuja participação fica reduzida à pontas, ações sem justificativa (tem empregados do Centro que saem sem razão para o meio da neve, roubando jet-skis, mas isso nunca é explicado ou justificado). E naturalmente todo mundo age como imbecil. Mas pode ter sido também uma opção da finalização da fita (ou seja na pós-produção optaram por cortar tudo que não fosse a situação central achando que o público do Stallone não ligaria muito para a lógica). Porque a ênfase toda é no som que procura criar clima e dar intensidade às cenas. Não que consiga mas até que tenta.

O problema como eu disse é o fato do filme ser tremendamente "já visto", sem novidades. Aliás o filme é extremamente violento como fazia tempo não se via, inclusive na conclusão onde Stallone mata o vilão com requintes de sadismo. Tudo é tão rápido e precipitado que mal dá para a gente se envolver. O fato é que o começo não é tão ruim assim, quando chega na casa isolada é que piora. Caindo no bobo e previsível. Até a identidade do criminoso não oferece qualquer surpresa porque nunca se chega a conhecer os personagens direito, então tanto faz quem seja. Por causa disso não se pode também falar em interpretação do grande elenco (o interesse romântico é com a bela inglesa Polly Walker, já dando sinais de cansaço). E a maior surpresa é ver que Stallone não está assim tão canastrão quanto se podia temer. Tenta até ser discreto (e olha que ele tem cenas constrangedoras) e fora seu corpo com veias que parecem necrosadas e o rosto bastante marcado, não chega a ser um vexame.

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