Edukators (2004)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 3

Fez boa carreira no circuito de arte brasileiro, este filme alemão que concorreu ao Festival de Cannes 2004. Fazia tempo que Cannes esnobava os alemães e austríacos (com a exceção de Michael Haneke, cujo gênero este filme faz lembrar. Injustamente ele não ganhou nada no festival).

Rodado em sistema digital, a fita começa como uma mera variação do gênero "Juventude Transviada". Ou seja, um trio de jovens alemães que são idealistas políticos que detestam o capitalismo e querem mudar o mundo. Mas não sabem muito bem como ou porque.

Apelidados de Os Educadores, eles entram em mansões vazias, deixam tudo em desordem, mas não roubam nada. Apenas fazem bagunça e querem dar uma lição de vida para os ricos. Até que, por causa de uma garota, um deles esbarra no dono de uma mansão que
eles são obrigados a seqüestrar. Mas não sabem bem o que fazer com ele.

Fogem para o interior, numa casinha de montanha, onde descobrem que o diabo não é tão feio quanto se pintava. Até porque o homem havia sido rebelde em 1968, havia vivido em comunidade hippie, mas com o tempo se aburguesou. O filme nos reserva depois um bom final de certa forma inesperado. Ao menos, inteligente.

Um detalhe: quem estrela o filme é o jovem talentoso Daniel Bruhl, que estrelou "Adeus, Lênin!" e que aqui não deixa marca ou lembrança especial.