Um dos mais curiosos e menos conhecidos filmes de Buñuel no Brasil. Principalmente dentre os que rodou no México, num longo exílio. Prova de seu êxito é que tenham deixado ele rodar um filme tão particular, fora do comum, irônico e quase surrealista.
Tem uma estrutura complexa de flash-backs para ilustrar os delírios do herói (um final feliz e absurdo parece ter sido imposto pela produção). Sempre discreto e enxuto na narrativa, o filme tem, porém, várias qualidades: leitura freudiana, diálogos irônicos e saborosos, um elenco curioso.
A estrela iugoslava Miroslava que faz Lavinia, que se mata na história, realmente se matou dias depois das filmagens. Ariadna que faz a guia turística é irmã da estrela Linda Christian.