Garota Levada (1956)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 2

Exibido no Brasil como Mlle Pigalle, este foi o décimo quinto filme de Brigitte, já escrito por seu marido e descobridor Roger Vadim ( 1928-2000).

Ela ficaria famosa realmente sob a direção dele nesse mesmo ano com "E Deus Criou a Mulher", mas aqui aparecem seus traços de mulher com jeito de criança. Por várias vezes se repete nos diálogos que ela é um bêbê grande...

Sua condição de bailarina também se mostra, numa das raras vezes em que ela aparece dançando nas pontas do pé em números musicais. O longa aproveita-se também seu jeito inocente e desastrado que provoca situações cômicas, do seu beicinho e de sua voz sussurrante e ajuda a criar o mito Brigit Bardot.

Mas o filme parece apenas uma chanchada da Herbert Richers, cheia de números musicais em boate. Entretanto sem cenas de nudez, a não ser por um rápido nu de figurante, não de Brigitte.

O galã cantor Bretonnière (1924-2001) faz o herói numa farsa em que aparecem vários comediantes importantes em papéis pequenos, como o depois celébre Serrault e seu parceiro Poiret que surgem como policiais. Ambos posteriormente estiveram em "A Gaiola das Loucas", um como astro, outro como autor.

Há ainda participação do russo Mischa Auer, em ponta divertida como professor de dança no colégio, e de Fabian, a noiva, em produções até hoje, ainda mais bela do que quando jovem.

É parte da Coleção Brigitte Bardot, que chega ao Brasil em versão reduzida sem o quarto título "La Bride Sur le Cou", eliminado provavelmente por ser realizado em preto e branco. A caixa brasileira também tem ausência de um documentário sobre a diva chamado "Brigitte Take One". Além disso, na versão nacional, o disco "As Mulheres", foi trocado pelo filme "O Repouso do Guerreiro". Neste caso, saímos ganhando.