Não é dos melhores filmes de Fellini. Marcou o reencontro dele com sua esposa Giulietta, pela primeira vez, fazendo parceria com o ator preferido de Fellini, Mastroianni. Mas é uma fita amarga, basicamente uma sátira à televisão (por sinal, muito parecida com a brasileira, com figuras grotescas e estranhas).
O problema é que é impossível satirizar um veículo tão esdrúxulo e que ficou ainda mais patético nos últimos anos. Giulietta perdeu sua jovialidade e Mastroianni não tem maiores chances. A cena em que os dois tentam sapatear é constrangedora.
Fellini não estava inspirado, não há nenhum achado, nenhuma seqüência mais elaborada. E até a música imita as antigas trilhas do falecido Nino Rota. Um gênio fora de forma numa fita até melancólica, que perde ainda mais sem o formato widescreen à la italiana.