O grande fracasso "Instinto Selvagem 2" sai em DVD com 2 minutos a mais, na chamada "versão sem cortes". Desde 1992, quando se tornou estrela mundial com o primeiro "Instinto Selvagem", de Paul Verhoeven, Sharon Stone batalha por uma continuação, consciente de que essa tinha sido a sua melhor personagem. Mas só em 2006 ela viu um roteiro que a satisfizesse. Também contribui para a demora da parte 2 a falência da produtora original.
O filme foi massacrado pela critica americana e rendeu perto de US$ 6 milhões e custou US$ 70 milhões. Há os que dizem que Stone está magra demais e os que reclamam da ausência da famosa cena das pernas do filme anterior. De fato, "Instinto Selvagem 2" não tem grandes momentos de ousadia erótica _ mesmo a cena da quase asfixia no orgasmo é tratada rapidamente.
A escritora Catherine Tramell (Stone) vive agora em Londres e ela menciona que teve um casamento com um policial de San Francisco, Michael Douglas no filme anterior. No prólogo gratuito, ela está dirigindo pelas ruas de Londres enquanto é masturbada por um jogador de futebol famoso. Ela perde a direção do carro, que cai no rio Tâmisa.
Ele, que está drogado, morre; ela consegue escapar, mas é processada. Então o psiquiatra Michael Glass (o inexpressivo David Morissey) é chamado para avaliar sua sanidade. E ele cai nas garras da mulher fatal.
É bom lembrar que o filme original criou um novo gênero de suspense erótico que depois foi imitado até a exaustão, principalmente em filmes pequenos lançados só em home video.
É uma trama tortuosa com alguns desvios eróticos nem sempre convincentes. Catherine parece estar em toda parte, fazendo poses. Ainda que na hora de dizer textos, ela saiba perfeitamente o que fazer ou não fazer, já que não mexe nada, diz tudo friamente com cinismo e tranqüilidade. O que é a chave do personagem e que ainda funciona.