Irmãs Gêmeas (2002)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 3

Ficou entre os cinco finalistas para o Oscar de Filme em Língua Estrangeira e tinha tudo para ganhar: a temática judia (obviamente grande parte da comissão é formada por aposentados, senhores de origem judaica que adoram o assunto) e o fato de ser baseado num livro de enorme sucesso no exterior, de Tessa de Loo, ajuda bastante.

Na verdade, o filme tinha tudo para ser um grande sucesso de bilheteria também no Brasil. A história é muito romântica, fácil de provocar lágrimas. Mas acabou passando em branco. As gêmeas são separadas à força e não permitem que elas se comuniquem, nem troquem cartas. Passam anos distante, uma sofrendo muito, outra levando vida de rica (a família que a adota é judia).

Eventualmente conseguem se rever, mas é véspera da Segunda Guerra Mundial e tudo se complica. Lotte está envolvida com um jovem judeu que é mandado para campo de concentração. Anna se apaixona por um rapaz alemão que está na SS (embora não seja exatamente nazista, não tem jeito de escapar do movimento). De repente, elas estão em lados opostos da vida.

Essa situação é acentuada ainda mais porque paralelamente se mostra as duas velhas, com Anna tentando se reconciliar, enquanto Lotte reluta em aceitar qualquer contato. Ou seja, uma temática irresistível para o público feminino, quase um épico familiar e romântico.

Feito com qualidade. Tudo no lugar certo. Nada genial, ou fora do comum. Mas que faz a gente se envolver e até se emocionar.