Medíocre e discutível adaptação de "Otelo" de Shakespeare, que ficou célebre porque a produtora Miramax não a quis lançar nos cinemas, primeiro adiando (por causa de casos de mortes em escolas secundárias americanas, como Columbine) e depois a repassando.
Na verdade, o problema é que o filme é fraco, tanto como roteiro (de Brad Kaaya) que tem muito pouco a ver com Shakespeare (ao menos em texto, faz uma ou outra citação, mas o narrador aqui seria o intrigante Iago ou seja, Hugo). Não aprofunda nada, nem dá grandes dimensões psicológicas à atualização da trama.
Não é nada ajudado também pelo diretor Blake Nelson (ator em "E aí, Meu Irmão, Cadê Você?"), que erra na trilha musical (mistura rap e hip hop com música clássica), na condução do elenco (que fala sussurrando) e mesmo em toda construção dramática. A fita é fraca mesmo e não tem grande relação com os problemas dos jovens escolares americanos e os atentados. O elenco (Josh, Julia) partiu desta para coisas melhores.