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Ficha completa do filme

Comédia, Romance

Kate & Leopold (2001)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 3
Kate & Leopold

Todo mundo gosta de comédia romântica (eu também) e da rainha do gênero Meg Ryan (eu também). Mas se esta fitinha de James Mangold ("Cop Land", "Paixão Muda" e "Garota Interrompida") é agradável e divertidinha, adequada para um Dia dos Namorados, não se tem como derramar maiores elogios. É só isso.

Faltam melhor roteiro e mais piadas (é mais romance que comédia). O personagem do cientista maluco é puro clichê. Quem faz o papel é Liev Shcreiber, sujeito que descobre um buraco no tempo que o permite viajar até o passado, de onde foge perseguido por um conde do século 18, que será o tal Leopold. A trama é sobre ele, que se esconde na casa do cientista e conhece a vizinha Kate (Meg Ryan), com quem acabará se envolvendo.

A maior parte das piadas é provocada pelo contraste de época. Ou seja, ele vestido à moda antiga andando por Nova York, seu jeito muito educado conquistando as mulheres. Meio "Em Algum Lugar do Passado", só que em tom mais leve.

É evidente que para embarcar no gênero fantasia é preciso dar alguma boa vontade, aceitar certas convenções. Mas eles abusam ao colocar Meg como uma diretora de agência de publicidade que se apaixona por Leopold (o australiano Hugh Jackman de "X-Men") ao utilizá-lo para uma propaganda. A idéia parece ser que as mulheres gostam de um namorado à moda antiga, que sabe cortejar, conversar, galantear etc. Pode até ser verdade, só que tudo é tão simplificado, tão bobinho e tão mal aproveitado (por exemplo, lançam a idéia de relembrar a canção "Moon River", de "Bonequinha de Luxo", mas não a sabem explorar).

Para tentar atingir o público mais jovem, inventaram também um irmão mais novo para Kate, feito por Breckin Meyer (de "Tá Todo Mundo Louco!"), mas não deu muito certo (tanto que a fita não foi bem de bilheteria lá fora, alcançando os 48 milhões, igual ao seu orçamento).

A fita se limita a fanáticos do gênero ou de Jackman (que, obviamente, é bonitão, tanto que ganhou uma indicação ao Globo de Ouro, embora não faça nada de especial). O filme teve também uma indicação ao Globo e ao Oscar de Canção. É "Until", de Sting (que se ouve nos letreiros finais), mais uma coisa que é bonitinha, mas imemorável.

Excelente edição. Apresentado em duas versões: a do cinema e a do diretor (que tem as cenas que ele teve de cortar por pressão da Miramax. Ou seja, é a cinema com a opção de ver as cenas adicionais integradas, que são quatro minutos a mais e a maioria no começo do filme. Cenas extras: cena com ponta do diretor Mangold, onde ele faz o diretor que altera o filme por resultado de exibições-teste; cena onde sugere que Kate tenha laços genéticos com Stuart; cena onde Meg Ryan aparece ao fundo de uma festa no século 19).

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