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Ficha completa do filme

Aventura, Guerra

Khartoum, a Batalha do Nilo (1966)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 4
Khartoum, a Batalha do Nilo

Depois de ter sido lançado em edição de origem mais que duvidosa, esta é a versão oficial de uma das últimas super-produções do cinema, um belíssimo espetáculo histórico, certamente o melhor filme do diretor inglês Basil Dearden. Na verdade foi de seus últimos trabalhos, Basil morreria em 1971, aos 60 anos, num acidente de carro (seu filho James Dearden seria depois o roteirista de "Atração Fatal").

Apresentado originalmente em 70 milímetros e Cinerama, conta uma história real. E como os ingleses costumam gostar de relembrar suas derrotas em guerras, este é o assunto do filme, mostrando como o General Gordon foi derrotado por tribos árabes na Guerra do Sudão. Quem faz o chefe britânico, o General Charles Gordon, apelidado de o Chinês, é Charlton Heston, devidamente caracterizado e com a autoridade de quem já interpretou antes várias figuras históricas.

O roteiro não esconde os defeitos do General, como sua vaidade, procurando dar uma visão equilibrada dos dois lados. Seu rival é o líder árabe chamado de Mahdi, O Escolhido, interpretado com uma maquiagem muito pesada - e por vezes ridícula - por Lord Laurence Olivier, que sempre gostou de fazer tipos e sotaques exóticos.

Indicado para o Oscar de Roteiro, escrito por Robert Ardrey e no British Film Institute como Ator Coadjuvante para Sir Ralph Richardson e Direção de Arte. Muito bem fotografado, "Khartoum" é um espetáculo surpreendente e um filme injustamente esquecido. Tem imagens fortes e poucos lapsos (como uma represa em miniatura que explode, fora a patética maquiagem). Edição vem com Overture, Entreacte e Música de saída da sala (Exit Music).

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