Foi merecido fracasso este pretensioso, lento e obscuro filme dirigido por Redford, que desperdiça Smith no papel alegórico de uma espécie de guia espiritual que vem da escuridão e parte também de forma misteriosa.
É difícil aceitar o esporte, no caso um jogo tão sem graça e particular como o golfe, nada empolgante, como uma metáfora para a arte de viver. Lembra um pouco outra fita estrelada por Redford ("Um Homem Fora de Série"), mas nunca convence.
O fato de Lemmon - não creditado -, já sofrendo do câncer que logo o mataria, fazer o papel do moribundo narrador (o que poderia explicar certas liberdades com a verdade) dá ao filme um tom meio trágico.
Há uma bela recriação de época e o charme intocável de Charlize, mas não se vê sentido em fazer tanto barulho por tão pouco.