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Ficha completa do filme

Drama

Leões e Cordeiros (2007)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 3

O filme, que marca a estréia de Tom Cruise como chefe de produção da United (depois de ter rompido parceria com a Paramount), é um projeto de prestigio, sem perspectivas de sucesso comercial. Acabou sendo ignorado também pelas premiações internacionais.

Trata-se basicamente de um drama de gabinete, com longas conversas em saletas diferentes: um senador em Washington dá uma entrevista exclusiva para uma repórter de TV e um orientador educacional que tenta entender porque um bom aluno caiu em rendimento nas aulas.

A narrativa é entremeada por uma ação de guerra no Afeganistão que só mais tarde compreenderemos a função no filme. Ou seja, é mais uma produção sobre o atual conflito em que estão envolvidos os Estados Unidos no Oriente Médio. O roteiro confuso, cheio de longas conversas, foi escrito pelo irmão do diretor Joe Carnahan ("O Reino").

Cruise faz o parlamentar Jasper Irving. O republicano jovem e ambicioso convida uma veterana jornalista (Meryl Streep) - culpada por ter apoiado a invasão americana - para lhe propor uma noticia exclusiva, mas pretende no fundo fazer uma manipulação da opinião pública através da imprensa.

No papel do cínico e frio político, Cruise mantém seu carisma ainda que sem nuances. O astro produziu o filme como homenagem a carreira de Redford, que como sempre conduz a direção de forma tradicional, correta, mas pouco contundente.

No outro lado da trama, o estudante (Andrew Garfield) fica desiludido quando dois colegas, ambos de minorias latina e negra, se alistam nas forças armadas. Os dois são justamente aqueles que aparecem numa missão perigosa contra o Taliban.

O contraste pode até levantar a polêmica e sugerir uma análise, mas sem força estará pregando para os já convencidos, dado que este tipo de filme não deve atrair jovens ou espectadores casuais.

São cabeças falantes e pensantes usando como titulo uma frase famosa, dita por um oficial alemão durante a Primeira Guerra Mundial em referência à bravura dos soldados ingleses e à estupidez de seus comandantes. Novamente nesta guerra, nunca tantos leões foram comandados por poucos cordeiros.

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