Durante anos Odete Lara tentou produzir uma versão do famoso e elogiado romance de Mário de Andrade, aparentemente inspirado em fatos reais, sobre um pai austero que contrata uma professora alemã para iniciar seu filho adolescente nos mistérios e também dores do amor.
Estréia na direção, já recebendo prêmio em Gramado, do montador Escorel, num filme muito bonito, caprichado, com sensível trilha musical de Francis Hime, em que estreou também no cinema Irene Ravache.
A delicadeza da caracterização de Lillian Lemmertz (1938-86) também lhe valeu prêmio em Gramado, mas o filme é muito prejudicado pela escolha infeliz do menino que faz o protagonista, feio e mau ator (e que nunca mais fez nada). Um filme um pouco frio, sóbrio e discreto. A bela fotografia de Murilo Salles merecia cópia melhor.