Lolita (1962)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 3

Depois de ver a versão de 1997 de Adrian Lyne, do mesmo livro clássico de Vladimir Nabokov (que consagrou o termo "ninfeta" para designar adolescentes sexualmente precoces), melhorou muito este original que Kubrick havia feito driblando a censura.

O próprio anúncio já dizia: "como ousaram fazer um filme de Lolita?" Embora o roteiro do próprio autor consinta em aumentar a idade da menina, a fita resiste pelo charme aristocrático de Mason como Humbert Humbert, por Shelley, perfeita em sua cafonice, e por Sellers, num dos primeiros papéis a revelar sua versatilidade e abrir caminho para o estrelato em Hollywood. Só é fraca a descoberta Sue Lyon, que depois de alguns poucos filmes, sumiu. Mas o trabalho de direção é marcante.

É integrante da coleção "Stanley Kubrick Collection", primeiro lançado em 1999 e depois em 2001, também no Brasil (embora afirmem ser remasterizado e restaurado, continua em mono).