Não É Mais Um Besteirol Americano (2001)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 3

Obviamente é uma paródia, um dos filhos de "Todo Mundo em Pânico" ("Scary Movie"), com algumas cenas que eu francamente não tenho como resumir ou comentar aqui. Já na primeira, a heroína Jane (Chyler Leigh) se tranca no quarto e masturba-se.

Bom, basta dizer que é de profundo mau gosto mas acaba sendo engraçada, ao menos dentro do estilo pornochanchada. O mesmo não dá para se dizer de outras cenas como as escatológicas, em que estouram os canos de uma privada. Pena que não tenham tantas sacadas assim.

A gente ainda fica com saudades de "Porky's" ou "Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu", bons tempos em que as paródias de certos gêneros podiam ter certa vulgaridade, mas nunca chegavam à baixaria atual, que felizmente também já está caindo de moda. Fico pensando se o público a que é endereçado, os adolescentes, entendem as citações, por exemplo, dos filmes dos anos 80 de John Hughes: a escola leva o nome dele, tem a sala Antonhy Michael Hall, há citações explicitas de certos filmes dele (como "Breakfast Club") concluindo com a aparição ao final da estrela maior do gênero, Molly Ringwald de aeromoça, demolindo todos os mitos e frases. Não acho provável, embora seja mais fácil entender brincadeiras com outros filmes mais recentes, em particular "Ela é Demais" ("She's All That"), com o Freddie Prinze, e "Dez Coisas que eu Odeio em Você".

O problema não é tanto a grosseria, mas a falta de melhores piadas. Tem gente boa (Randy Quaid, Mr T, Melissa Joan Hart) e algumas frases repulsivas. Mas é basicamente uma bobagem que provoca menos risos. Edição excepcional, pena os extras não serem legendados em português.