Nós, As Mulheres (1953)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 3

Foi o roteirista Cesare Zavattini, um dos papas do neo-realismo italiano, que teve a idéia de formatar "Nós, As Mulheres" em episódios -especialidade italiana-, filme mais curioso do que bom.

No primeiro episódio, acompanhamos várias moças que fazem testes para cinema; duas delas são selecionadas e depois fariam pequena carreira no cinema, apesar de não serem estreantes na época.

Depois é a vez da ainda belíssima Alida Valli fugir de uma festa publicitária e ir para uma festa na casa de sua massagista. O caso de Ingrid Bergman é o mais estranho, porque ela fala diretamente para a câmera, contando um caso trivial sobre um galo do vizinho que vem comer as rosas de seu jardim. É visível a intenção do diretor Roberto Rossellini, então marido de Ingrid, em desmistificar a ex-estrela de Hollywood.

O episódio de Isa Miranda é o que soa mais fácil, mostrando que ela teria se arrependido em não ter sido mãe. É o último episódio, com o amigo e diretor Lucchino Visconti fazendo um esquete para La Magnani, em que Isa briga com o taxista, vai parar na polícia e, no final, canta uma música no teatro de revista _coisa rara na tela, foi onde ela despontou para o estrelato. Vale ver pelo prazer de ver as grandes musas.

Edição em DVD traz trailer e textos sobre as atrizes e os diretores.