O público brasileiro transformou esta produção de Mel Brooks, para sua mulher Anne, no cult-movie do ano. Embora nada comercial, é fora de série porque fala sobre coisas fora de moda, como colecionar livros antigos, escrever cartas e ficar apaixonado por pessoas que nunca encontramos.
É baseado numa história real, adaptada anteriormente para a TV inglesa (1975), para o palco londrino (1981) e para a Broadway (1982). É a história de uma grande amizade, ou grande amor. É o amor pelos livros que une os personagens, através de uma correspondência durante vinte anos, por uma série de razões, os planos de viagem até a Inglaterra nunca se concretizam. Ou seja, os dois protagonistas nunca se encontram na tela (ou na vida).
O que poderia ser uma trama difícil, mantém o interesse, graças ao brilhante roteiro de Hugh Whitmore, que não usa truques, apenas faz com que gostemos dos personagens. Naturalmente a excelente dupla de atores também ajuda.