O Corcunda de Notre Dame (1956) (1956)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 3

Depois de duas versões americanas clássicas do grande livro de Victor Hugo, a de 1923, ainda no período mudo, com Lon Chaney, e a de 1939, com Charles Laughton, o país do escritor, a França (em co-produção com a Itália), produziu este bonito e vistoso filme, a cores, em Cinemascope, e com elenco internacional, grande sucesso de bilheteria.

Bem mais fiel ao livro (em especial o trágico final), com clima mais gótico e menos romance, traz Quinn (1915-2001) como o infeliz corcunda, menos grotesco e monstruoso que nas versões anteriores, apaixonado pela bela cigana Esmeralda (Lollobrigida), ambos em conflito com o perturbado Padre Frollo (o francês Cuny). A personificação mais humana do personagem central valoriza o drama, assim como a excelente reconstituição da época, mas o filme, meio corrido, desperdiça os personagens secundários e tem uma certa frieza que o torna inferior à expectativa. Edição traz cópia de qualidade apenas razoável, mas que não chega a atrapalhar.