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Ficha completa do filme

Comédia

O Corpo (1991)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 3
O Corpo

Depois de três filmes altamente anárquicos e alternativos, dirigidos a quatro mãos com Ícaro Martins ("O Olho Mágico do Amor", "Onda Nova" e "Estrela Nua"), o diretor José Antonio Garcia realizou sozinho esse filme mais quadradinho, uma adaptação muito paulistana de um conto de Clarice Lispector (que já havia inspirado "Estrela Nua").

Embora tenha ficado pronto em 1991, a ponto de ser super-premiado no Festival de Brasília, não havia condições de estreá-lo nos cinemas diante da crise provocada pelo Governo Collor. Só em 1995, quando a situação melhorou um pouco, o filme foi lançado, sem alcançar, no entanto, repercussão maior.

Não espere nada do estilo tradicional da mitológica escritora. Trata-se de uma comédia narrada em tom de farsa, quase chanchada, com Fagundes em um momento menor. Cláudia Jimenez (mais contida que o habitual) não acrescenta nada ao papel, e só mesmo Marieta Severo elabora um pouco mais a personagem com sua competência habitual. A prostituta é feita pela musa do diretor e do cinema brasileiro da época, Carla Camurati, que também pouco tem a fazer.

Mas a ambientação atemporal (que reúne elementos que vão dos anos 50 até os 80) e os elementos de humor negro são bem manipulados pelo diretor e o filme, bem curto, acaba resultando curioso e interessante. Os diretores Walter Hugo Khouri, Carlos Reichenbach, Daniel Filho e Guilherme de Almeida Prado e o compositor Arrigo Barnabé fazem aparições especiais relâmpago.

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