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Ficha completa do filme

Ficção Científica, Suspense

O Dia em Que a Terra Parou (2008)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 08/04/2009
Nota: 1

Indicado para o Framboesa de Ouro de pior continuação ou refilmagem de 2008, nos Estados Unidos. É inacreditável o que aconteceu com esta refilmagem do clássico homônimo de ficção científica do comecinho dos anos 50, feito pelo grande Robert Wise, ainda considerado um filme indispensável e seminal no gênero. Os fãs conhecem de cor e salteado, os detalhes do filme, os nomes, a frase que é dita - "Gort! Klaatu Barada Nikto!" - e o robô, que foi dos primeiros do cinema. Tudo isso é espezinhado por uma refilmagem de quinta categoria. Em 1951, era o perigo de uma Guerra Atômica que ameaçava o planeta; agora, é mesmo o Homem e sua irresponsabilidade. Mais do que nunca faz sentido vir uma ameaça do céu, um alienígena com a mensagem de que precisamos mudar, parar de ficar guerreando para não sermos eliminados, já que o homem é dispensável. O planeta não. Mas quem escreveu este novo roteiro e quem dirigiu fez um amontoado de besteiras. Não achei tão ruim o começo porque, ao menos, vai apresentando a situação, com certo clima e ritmo. A bela Jennifer Connelly faz uma cientista que é convocada para ajudar numa investigação. Uma nave misteriosa desceu no Central Park, em Nova York, e dela surgiu um sujeito que parece ter sido ferido. Esse é o papel do Keanu Reeves como o novo Klaatu. A ele não custa acabar com o mundo, naquela hora mesmo. Mas inventam de lhe provar que o ser humano tem coisas boas. Quando querem convencer que o homem é inteligente, chamam outro cientista e olha quem eles escalam, um Monty Python, o John Cleese. Como pode um humorista gaiato interpretar um prêmio Nobel e a gente levar a sério? Pois não para por aí, porque, ao final, o filme se precipita com pressa de acabar, numa conclusão ridícula onde mal se vê o astro Keanu. Outra coisa: a sempre excelente Kathy Bates faz a secretária do presidente americano, que está ausente no filme. E até ela, que geralmente quebra todas, aqui tem a pior e mais ridícula aparição de sua carreira. E o robô virou apenas uma animação mal feita com cara de Oscar.

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