O Diabo é meu Sócio (1967)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 2

Lançar este filme da Fox em versão deformada para tela cheia, não no original widescreen, estraga o trabalhado requintado do diretor que estava na época radicado na Inglaterra e dedicado a pesquisas visuais (como fez também em "Arabesque" e "Um Caminho para Dois"). E derruba o melhor da fita.

Originalmente ela foi criada pela dupla Peter Cook e Dudley Moore, famosos no teatro (no Brasil, só ficamos conhecendo melhor Dudley quando este se separou e fez sucesso em fitas como "Mulher Nota Dez" e "Arthur"). Cook fez o roteiro do filme também e interpreta o diabo, enquanto Dudley faz o jovem Stanley, que tem sete desejos para conseguir o amor de sua amada. Enquanto isso ele também vai realizando pequenas maldades pela cidade, provocando assim situações de pecado e apresentando os sete pecados capitais (o mais marcante deles é uma ponta de Raquel Welch como a Luxúria).

O humor é por vezes muito datado (por exemplo, usar nome como LBJ e Julie Andrews para os encantos) e com freqüência por demais britânico. Ainda assim, é inteligente e tem boas sacadas e críticas (ele foi refeito em 2000 como "Endiabrado" com Brendan Fraser e Elizabeth Hurley). Também ajuda a ótima Eleanor (de "Help", dos Beatles) como o objeto do amor de Dudley. O nome Stanley Moon de Dudley foi lhe colocado por John Gielgud que começou a chamá-lo assim por engano.