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Ficha completa do filme

Drama

O Diário de Anne Frank (1959)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 4
O Diário de Anne Frank

A história real da menina Anne Frank foi glamourizada para o cinema, mas feita com muito cuidado e carinho pelo veterano diretor George Stevens, que escolheu um trio de novatos para os papéis centrais (e rodou em ordem cronológica para facilitar).

O diretor se baseou na versão teatral, premiada com o Tony, de Frances Goodrich e Albert Hackett, que também adaptaram a história para o cinema. Por isso, a história é um pouco lenta, minuciosa, em que se constrói lentamente o drama das duas famílias judias que são forçadas a conviverem juntas num pequeno espaço, sem fazerem ruídos e sempre com medo de serem capturadas pelos nazistas.

Embora a novata Millie Perkins seja bonita (no estilo Jean Simmons ou Vivien Leigh), é charmosa demais para o papel de Anne Frank _a verdadeira era bem mais normal_ e nunca fez uma grande carreira. Foram melhores o galã Richard Beymer, que, embora fraco, estrelou "West Side Story", e a estreante Diane Baker, que faz a irmã de Anne.

Shelley Winters engordou, ficou mais feia para interpretar a mãe de Beymer e levou o Oscar de atriz coadjuvante. Ela doou a estatueta para a casa de Anne Frank, na Holanda. O filme também ganhou os Oscar de fotografia e direção de arte em preto e branco, além de ter sido indicado para o prêmio de direção, ator coadjuvante (Ed Wynn), figurino, trilha sonora e filme.

O filme funciona até hoje pelo impacto de ser uma história real, narrada por um diário (começa com o pai, interpretado por Joseph Schildkraut, encontrando o caderno), e pelo encanto do otimismo da menina e a descoberta do primeiro amor.

Audrey Hepburn foi a primeira convidada para o papel, mas recusou porque era holandesa e não queria reviver uma época em que também sofreu muito.

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