Criou muita polêmica na época, que um escritor comunista como Pasolini tenha realizado esta versão do Evangelho, de forma despojada e com atores amadores, rodado em regiões áridas da Itália (Calábria, Sicília, Basilicata) quase como um auto-popular (um fato inédito na época, depois muito imitado). Mas ele fez um filme respeitoso, até mesmo um pouco banal. Mesmo colocando sua própria mãe no papel de Maria (mais idosa).
Utilizou música clássica de fundo musical (Bach, Mozart, Missa Luba, Prokofiev). Ainda assim, merece uma discussão mais aprofundada sobre a mistura de marxismo e catolicismo, a importância da obra de São Mateus. Indicado aos Oscars de Figurino, Trilha Musical e Direção de Arte. Ganhou Prêmio Especial do Júri e Prêmio do Júri Católico. Levou três anos para conseguir dinheiro para produzir o filme e um ano para encontrar o ator central (um estudante basco que fez mais três filmes). O filme está em sétimo lugar dentre os que falam de religião.