Suspense

O Grande Truque (2006)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 2

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O diretor e o ator de "Batman Begins" se reúnem novamente num projeto mais pessoal e intrigante, que por coincidência lembra o contemporâneo "O Ilusionista". Ambos têm a mesma temática e passam-se na mesma época, mas no fundo são bem diferentes.

Parece que a mágica central da história de "O Grande Truque" realmente existiu, mas o filme é difícil de seguir, porque muito complexo -- é todo contado em flashbacks, aparentemente sem cronologia, e acaba se tornando exaustivo. Mas ao menos é diferente.

Basicamente narra-se a história de um mágico (Christian Bale) que é condenado à morte pelo assassinato de um colega seu (Hugh Jackman). A situação se complica muito com a entrada em cena de um outro personagem, também feito por Jackman, que é um lorde inglês obcecado por conseguir os segredos do rival. Então entra a trama paralela: na América, o lorde encontra um inventor excêntrico feito pelo roqueiro David Bowie. Enquanto isso, continua-se contando a relação da dupla, a partir do ponto em que o personagem de Bale aparentemente causa a morte da mulher de seu rival, que morre afogada por causa de um nó mal atado. Isso provoca uma sucessão de vinganças mútuas, que por vezes espantam, por vezes aborrecem.

A narrativa irregular vai chegando ao clímax e no final se perde, virando ficção cientifica. O filme acaba indo longe demais na tentativa de ter um final surpresa. A direção de atores é incômoda: os dois atores estão mal fotografados e envelhecidos, caindo por vezes no exagero e na canastrice. Scarlett Johansson mais uma vez não deixa maior impressão.

O titulo original, "Prestige", refere-se à terceiro parte da apresentação do mágico, quando há uma surpresa e um truque que nunca pode ser revelado. Até porque, diz o filme, o público gosta de ser enganado.