O Ladrão de Bagdá (1940)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 4

Deliciosa aventura clássica que resistiu muito bem ao tempo. Os Efeitos Especiais premiados com o Oscar (junto com Direção de Arte e Fotografia) ainda mantém a magia e poderão encantar até os (infelizmente) mal-acostumados com os efeitos gerados por computador.

Mas mesmo esses irão se divertir com o enredo bem-humorado e cheio de reviravoltas e com a atuação de Sabu (1924-63), ator indiano especializado nesse tipo de papel exótico, e do vilão Veidt (1893-1943), que em seguida faria o chefe nazista de "Casablanca" e pouco tempo depois morreria de ataque cardíaco.

A música do mestre Miklós Rózsa (1907-95) é outro ponto alto, um dos seus melhores trabalhos e que foi muito imitada depois (também indicada para o Oscar). Além de Powell dirigiram seqüências do filme Ludwig Berger, Tim Whelam, Zoltan Korda e William Cameron Menzies (os dois últimos nos Estados Unidos, em locações no Grand Canyon e no deserto).

Mas o mérito do filme é mesmo do lendário produtor inglês Alexander Korda. O ator Miles Malleson, que faz o velho sultão, também foi co-roteirista. O papel da princesa, feito pela linda June Duprez, foi inicialmente concebido para Vivien Leigh, que acabou indo para os Estados Unidos fazer "E O Vento Levou". Boa cópia mantendo o bonito colorido original. Houve outras versões da lenda, inclusive uma famosa de 1924 com Douglas Fairbanks.