"Toda vítima tem o carrasco que merece". Esta é a mensagem deste clássico do erotismo, um dos poucos casos em que também traz uma mensagem política.
O filme causou enorme polêmica na época pelo seu erotismo (há um dançarino gay que também esteve no campo e que agora vive no Hotel, cenas fortes com a heroína vestindo uniforme nazista) ainda mais porque foi realizado por uma mulher.
Muita gente o considera lixo, provocador, apenas explorando perversões. Feito na Itália com elenco internacional e diálogos em inglês, chamado de "romance pornográfico", traz Bogarde mais afetado do que nunca (enquanto Charlotte está magra e misteriosa). Os dois haviam sido visto juntos numa fita semelhante, "Os Deuses Malditos" de Visconti.
Como estudo de um amor obsessivo e sadomasoquista, de culpa reprimida e da moral exposta acima, o filme é ao mesmo tempo repulsivo e fascinante. Cabe a você decidir. Isa Miranda que faz a moradora do hotel foi estrela na Europa nos anos 40.