O Rei dos Reis (1961)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema

Nota: 2

Foi o produtor Samuel Bronston quem produziu na Espanha (com locações e muitos atores locais), esta fita Classe A, que tem roteiro de Ray Bradbury (não creditado, ele teria feito a narração) e Philip Yordan. Foi ousado na época porque foi o primeiro filme americano a mostrar claramente o rosto de Cristo, interpretado pelo jovem e bonitão Jeffrey Hunter, que mais parecia um atleta (ele morreria cedo numa queda em casa, em 1969, com apenas 43 anos).

O filme fica especialmente ruim nesta versão Standard, que deforma todos os enquadramentos (ao ampliar a imagem, elas ficam desfocadas). O visual é especialmente prejudicado (ou seja, a direção de arte e figurinos envelheceram mal). Também não traz as músicas de abertura, intervalo e encerramento. Ou seja, uma edição desleixada até nos extras (tem um deles que diz Pré-Estréia no Cinema Egípcio. Na verdade é numa sala de cinema chamada Egyptian).

Também a fita é convencional, com elenco irregular (Ryan faz João Batista, Rip Torn é Judas, Sibohan aparece pouco como Maria, Hurd de "O Retrato de Dorian Gray" é Poncio Pilatos, a espanhola Sevilla faz Maria Madalena). Mas boa trilha musical de Miklos Rosza. Rodado originalmente em 70 milímetros.

Traz ainda a Ficha Técnica (como Destaque), cenas da pré estréia. Até a capinha é feia. Diante das reclamações, em novembro de 2003 a Warner lançou nova edição em Widescreen, com estojo ligeiramente diferente e extras (Notas de produção e elenco, reportagem da Pré-Estréia , Trailer e "Uma Janela para o Mundo").