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Ficha completa do filme

Aventura

O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel (2001)

Pablo Raphael

Pablo Raphael

Da Redação 12/11/2010
Nota: 5
O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel

Lançado nos cinemas em 2001, ''A Sociedade do Anel'' foi uma aposta arriscada da produtora New Line. Primeiro filme da trilogia ''O Senhor dos Anéis'', dirigida pelo neozelândes Peter Jackson - conhecido até então por suas películas de terror (''Trash'', ''Fome Animal''), pelo artístico ''Almas Gêmeas'' (com Kate Winslet, de ''Titanic'') e "Os Espíritos" (com Michael J. Fox.

''A Sociedade do Anel'' é a primeira fita da trilogia ''O Senhor dos Anéis'', adaptação da venerada obra do britânico J. R. R. Tolkien. Os três filmes foram rodados simultaneamente e custaram á New Line cerca de 300 milhões de dólares. O primeiro filme foi bem recebido pelo público e pela crítica, recebendo indicações ao Oscar em 13 categorias e levando quatro: Efeitos Visuais, Fotografia, Maquiagem e Trilha Musical.

O filme apresenta a Terra Média, onde a raça dos Homens é acompanhada pelos Elfos e Anões na luta contra um inimigo ancestral, o maligno Sauron e seu exército de Orcs e outras criaturas sinistras. Com o mundo à beira de um conflito de proporções épicas, um grupo de heróis - a Sociedade do Anel - tem a difícil missão de destruir o Um Anel, artefato que concentra o poder do inimigo e é cobiçado por muitos.

A jornada do grupo é pontuada por grandes perigos, belas paisagens e momentos de heroísmo - o sacrifício do guerreiro Boromir é o clímax da ótima atuação do inglês Sean Bean, provavelmente no melhor papel de sua carreira - e não só cativou o grande público, mas também aos fãs dos livros de ''O Senhor dos Anéis'', tarefa ainda mais épica.

Nove anos após o lançamento do filme nos cinemas, chega ao Brasil a versão estendida. Em seus quatro DVDs, um legítimo serviço aos fãs: 30 minutos adicionais entre 19 cenas estendidas e 6 cenas novas; novas faixas na trilha sonora, compostas por Howard Shore e interpretadas pela Orquestra Filarmônica de Londres; comentários do diretor e documentários detalhados que mostram o processo de adaptação do livro à visão que Jackson tinha para o filme e de como o diretor - e sua equipe - transpuseram essa visão em realidade.

São horas de entrevistas com o elenco e membros de cada departamento envolvido na produção de ''A Sociedade do Anel''. Completam o pacote fotos dos bastidores, um mapa interativo da jornada da Sociedade do Anel, mais de 2000 imagens, comentários dos artistas e até os storyboards e animações para comparação com o filme.

Um presente para os fãs, mesmo que lançado em DVD, nesses dias de Bluray. A versão estendida de "A Sociedade do Anel" é um registro do talento e dedicação dos responsáveis pela adaptação do clássico de fantasia para a tela dos cinemas.

E no Bluray?

A Warner estima que uma edição em Bluray da versão estendida de ''O Senhor dos Anéis'' deve ser lançada em 2011. Há, entretanto, um box com os três filmes disponíveis para essa mídia, sem cenas adicionais e com alguns extras. "A Sociedade do Anel" é acompanhada por um videoclipe, trailers do cinema, spots de TV e pelo trailer do videogame ''Aragorn's Quest'', além de uma cópia digital do filme para download.

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 4

Embora se saiba que haverá uma edição ainda mais especial que esta (a Warner por enquanto desmente para não frustrar a venda deste), já sai em dois DVDs, este filme que foi grande sucesso (a segunda parte, "As Duas Torres", rodado simultaneamente, estréia em 1° de janeiro de 2003).

"O Senhor dos Anéis" como todo mundo sabe é baseado na trilogia (e alguns livros mais) escritos por J. R. R. Tolkien a partir de 1954 (foi feito nos anos 70 uma versão em desenho animado que está disponível agora em DVD e outra de uma história antecedente "The Hobbit"). Enfim, os livros são super sucesso porque criam um mundo mitológico que os jovens adoram. Quem dirigiu os três filmes foi o neozelandês Peter Jackson, que ficou famoso fazendo fitas de terror (como "Fome Animal", "Trash") outra de fantasmas em Hollywood com Michael J Fox ("Os Espíritos") e uma fita de arte ("Almas Gêmeas", com a garota do "Titanic", a Kate Winslet).

A produtora New Line resolveu arriscar uma fortuna (mais de 300 milhões) para rodar os três filmes ao mesmo tempo e ir lançando eles um por ano. A jogada deu certo e o filme foi indicado aos Oscars de Coadjuvante (Ian McKellen), Direção deArte, Figurino, Direção, Montagem, Canção, Filme, Som, Roteiro Adaptado e ganhou os de Fotografia, Efeitos Visuais, Trilha Musical e Maquiagem. Rodado na Nova Zelândia com um elenco adequado para os personagens, não super astros. O ex-ator infantil Elijah Wood faz o protagonista Frodo, no que é certamente o papel de sua vida. Ele ficou pequenino (Frodo é um Hobbit, ou seja, quase um anão e Elijah não cresceu muito e o filme faz um uso extensivo e por vezes até excessivo de seus belos olhos azuis).

O seu fiel escudeiro Sam é Sean Astin (que para o papel engordou um pouco, filho da estrela Patty Duke e do ator John Astin). Os feiticeiros centrais são feitos por duas ilustres figuras, Sir Ian McKellen - Gandalf, o Cinzento - (Deuses e Monstros, um ator maravilhoso) e pelo lendário Christopher Lee -Saruman, o Branco - (como alguém pode não ter uma lembrança afetuosa da ilustre figura do antigo "Drácula"?).

Os cavaleiros amigos são Sean Bean (Boromir) - o ator irlandês tem o melhor momento de sua carreira, num personagem conflitado, que consegue transformar em humano e sincero na luta entre o bem e o mal, sentimentos provocados pelo Anel - e Viggo Mortensen (Aragorn). A ótima Cate Blanchett é a narradora da história, Galadriel, imortal Élfica e uma outra, Liv Tyler (Arwen) é um personagem que mal aparecia no primeiro livro e serve de interesse romântico (ela que é muito fraquinha até que se sai bem, aliás todos esses personagens retornarão depois). Ian Holm (Bilbo) aparece na parte inicial e está tão perfeito que merecia uma indicação ao Oscar.

Como o diretor era fã dos livros procurou ser fiel ao máximo à história. Os efeitos especiais não são particularmente novos mas sempre competentes (o filme tem figuras fortes demais para crianças pequenas, é indicado para maiores de doze anos), com um imaginário gótico. Felizmente a Direção alterna planos próximos (que dá maior chance aos atores) com outros mais indicados para os efeitos e cenas de ação. A única coisa que me incomodou um pouco, foi a substituição dos Hobbits por anõezinhos nos planos gerais para deixar bem claro que eles são menores que os outros personagens, inclusive os humanos. Isso já está perfeitamente visível e não era preciso ser enfatizado mais.

Ou seja, para quem gosta desse tipo de aventura-fantasia é um dos mais bem sucedidos e não concordo que a história tenha perdido seu impacto devido às imitações (o original já tem perto de 50 anos e "Star Wars" e filhotes são derivados dele, aliás de forma assumida).

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