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Ficha completa do filme

Drama

O Sol de Cada Manhã (2005)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 1
O Sol de Cada Manhã

Depois de seu retumbante fracasso nos EUA (não passou dos 12 milhões de dólares de renda, mesmo sendo filme de estúdio), o filme teve até alguns defensores. Mas ainda acho que há uma total falta de sentido em rodá-lo.

O que estava pensando o diretor Gore Verbinski (de "Piratas do Caribe")? Como este roteiro árido e desagradável de Steve Conrad, poderia atingir um público mais amplo? Basicamente é a história de um chato por quem ninguém se interessa.

É o homem do tempo da televisão, na região de Chicago (onde o filme foi rodado), que é um cara neutro, sem graça, que não consegue esquecer a ex-mulher (Hope Davis) e não se entende com a filha gorda (a quem vai ensinar arco e flecha, que parece servir de alegoria para a trama. Acertar no alvo, sacaram? Será possível coisa mais boba).

E tem também um filho que está sendo seduzido por um pedófilo (outra trama desagradável, principalmente quando é mal desenvolvida como aqui). E sem esquecer o velho pai que está morrendo de câncer (o ilustre Michael Caine). Como é possível um personagem desses dar uma virada, é coisa de cinema (alguém como ele jamais ganharia uma promoção, até porque o filme só acentua seus defeitos).

Não consigo pensar num ator menos adequado para um drama existencial ou um personagem antipático destes do que Nicolas Cage. Bem o tipo do homem que vive levando arremessos de sorvetes na rua.

A moral sobre auto-estima, valorização e falta de profissionalismo (ele nem é metereologista, recebe tudo pronto) só ajuda a tornar a fita chata e depressiva, sem nunca alcançar a humanidade ou singeleza ou mesmo a verdade. Tudo me pareceu postiço, artificial, exagerado, inverossímil, dispensável. A melhor coisa é o poético título nacional.

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