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O Último Refúgio (1941)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 5
O Último Refúgio

Filme que levou Bogart definitivamente ao estrelato, a última vez em que ele não foi o primeiro nome nos créditos. E merecidamente, pois esta é uma das melhores e mais sutis interpretações dele, um gângster cheio de contradições e fugindo do estereótipo do personagem de mero vilão que vinha desde a década anterior.

O papel foi anteriormente oferecido para George Raft, que recusou, e dá para imaginar que com ele o filme seria bem diferente (e inferior). Paul Muni também recusou o papel.

Mas parte desse mérito vai também para o mestre dos filmes de ação Raoul Walsh, que desenvolve a trama num ritmo ágil e enxuto, e em especial para Ida Lupino, excelente atriz (que também teve uma carreira muito digna como diretora), de uma beleza diferente e pouco lembrada hoje, mas que faz a parceira apaixonada do gângster com a mesma perfeição e riqueza de nuances que Bogart. Destaque especial para a seqüência final nas montanhas, sem dúvida das mais perfeitas da carreira do diretor.

Originalmente chamou-se aqui "Seu Último Refúgio" (porque a distribuidora mudou o título é um mistério). Joan Leslie que faz a jovem paralítica era das melhores ingênuas da Warner em fitas como "A Canção da Vitória" e "Sargento York". O cachorro Pard é na verdade o cão de Bogart, Zero. O nome de Bogart vem nos letreiros depois de Ida (isso foi mudado depois quando ele virou astro). O roteiro é do futuro diretor John Huston. A canção dançada por Leslie é "I Get a Kick out of You" de Cole Porter. Foi refeito depois como "Morrendo Mil Vezes "("I Died a Thousand Times", 1955), com Jack Palance e Shelley Winters.

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